Aos 28 anos, ele já tem muitas coisas em seu currículo. Conhecido atualmente como o irreverente repórter Vesgo, ao lado de Wellington Muniz, que dá vida ao personagem Silvio Santos, é um das grandes atrações do Pânico na TV, da Rede TV!.
Nascido em uma cidadezinha de Minas Gerais, assim como muitos brasileiros, ele veio para a capital paulista em busca de melhores oportunidades de trabalho. Cursou Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo e começou sua carreira artística trabalhando em uma emissora local.
Foi em 1994 que Rodrigo Scarpa começou seu contato com a rádio Jovem Pan. Como um simples ouvinte, ele passou a ligar todos os dias para o programa comandado por Emílio Surita e aproveitava o espaço para fazer humor. Por uma ironia do destino, ele se tornou estagiário de promoção na rádio, colava adesivos nas ruas e servia cafezinho e sanduíche para Luciano Huck. Antes de ingressar como o Vesgo na televisão, Rodrigo trabalhou como repórter estágiario no programa "Pânico".
Para aqueles que não aprovam o jeito irreverente e as entrevistas ousadas, Rodrigo Scarpa deixa um recadinho: "À minoria que torceu contra, e ainda torce, à minoria que levou o programa à justiça, meus sinceros cumprimentos e muito obrigado!!!! Parabéns!!!! Sem vocês não teríamos a mesma força para sempre querer crescer e se manter nesses cinco anos".
Confira a seguir a entrevista exclusiva de Rodrigo Scarpa ao Famosidades.
Quando foi que você resolveu vir para São Paulo?
Sempre amei o rádio e a televisão. Desde criança brincava com uma câmera VHS e fazia filmes caseiros, dublagens e entrevistas na rua. Não desgrudava da programação da TV na época. Era fã do Silvio Santos. Sempre sonhei em ser apresentador de TV. Na escola, adorava fazer trabalhos em vídeo. Também adoro criação e inventar roteiro. Sempre adorei esse meio. Profissionalmente trabalhei na rádio da minha cidade aos 16 anos de idade apresentando um programa de humor, onde participava também da criação. Já fiz também um site satirizando personalidades da minha cidade. Como minha paixão pelo meio de comunicação era notória desde os 13 anos, resolvi prestar faculdade de Rádio e TV, em São Paulo. Em 1999, me mudei para São Paulo, onde ganhei da UMESP (universidade Metodista de Sao Bernardo) meu tão sonhado diploma superior em Comunicação, Rádio e TV.
Quando e como foi seu primeiro contato com a televisão?
Meu primeiro contato com a TV foi em 1998, numa viagem do meu colégio em Itanhandu - MG para a platéia do programa H do Luciano Huck na TV Bandeirantes. Ficava reparando nos bastidores do programa. Nos produtores, nos câmeras, nos roteiristas, na maneira como o Luciano apresentava. Adorava muito aquele ambiente. Cheguei até a ser depilado pela Tiazinha do H (Suzana Alves) na época. Na verdade o que me seduzia mais nem era aparecer frente às câmeras, mas todo o trabalho por de trás delas. A quantidade de profissionais necessários para colocar um programa no ar. Depois desse dia, minha paixão por TV aumentou mais ainda e meu sonho de trabalhar na TV, Coincidência ou não, viria a se tornar realidade, na mesma TV Bandeirantes, no programa "Descontrole", de Marcos Mion.
Como foi trabalhar interpretando um corvo, ao lado de Marcos Mion?
Na época do corvo, aprendi muito como todo o dia a dia de um programa diário funcionava. Minha primeira experiência como repórter foram matérias frente a câmera realizadas dentro do personagem Corvo. Fazia matérias de aventuras, curiosidades, Carnaval da Band, entre outras, já com o espírito irreverente e característico da minha pessoa. Como era mascarado, me permitia errar e aprender a forma de como fazer um roteiro em uma matéria. Prender o telespectador é um grande desafio de qualquer repórter ou apresentador. Aprendi muito nessa época. Alem de ter fazer reportagens e participar do programa ao vivo, ainda era produtor, roteirista e era da equipe de criação do programa.
Você sempre ligava no "Pânico" no rádio. Foi assim que teve sua primeira chance?
Meu primeiro contato com o rádio foi quando conheci, aos 14 anos de idade, o programa "Pânico", da rádio Jovem Pan. Eu era ouvinte assíduo. Ligava todos os dias e inventava novidades como ouvinte. Usava o espaço da Jovem Pan pra colocar minhas idéias, sempre envolvendo humor, em prática. Pesquisava Piadas, passava trotes pra artistas, criava paródias, tudo isso ainda adolescente e na época de ouvinte. Liguei de 1994 e 1998 para o programa de Rádio e tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o Emílio nessa época. Quando entrei na faculdade, consegui um estágio na Jovem Pan. Fiquei um ano colando adesivos da Jovem Pan em carros na rua e servindo cafezinho e sanduíche. Depois entrei para a produção e criação de programas como Torpedo da Pan (Luciano Huck e Galisteu), Ziper da Pan (Jairo Bauer), Pânico e File Mion (Marcos Mion). Fiquei de 1999 a 2001 na Jovem Pan. Depois fui chamado pelo Mion para entrar na TV.
Como surgiu o apelido "Vesgo"?
Quem me deu o apelido de Vesgo foi o Bola, em 1994, numa das minhas primeiras visitas no estúdio em São Paulo como ouvinte para o programa da rádio Jovem Pan. Na época, ainda adolescente, Bola insistia em me chamar de Vesgo, talvez pela minha timidez na Época, não sei... Era muito caipira mineiro essa época. Meu sotaque mineiro era carregado. O apelido Vesgo foi falado pela primeira vez na TV em uma das minhas participações como Repórter Estagiário, um repórter inicialmente sério , que visitava a casa de telespectadores do programa de TV em links ao vivo. Bola e Emilio insistiam ao vivo que eu estava Vesgo nas entrevistas. De repórter estagiário, passei a ser chamado de repórter Vesgo.
No Pânico, inicialmente você seria o repórter estagiário. Como surgiu o Vesgo e a parceria com o Silvio?
O repórter estagiário era muito sério. Surgiu apenas para entrevistar famílias e perguntar a elas se estavam gostando do programa "Pânico na TV". Essas entradas como estagiário eram ao vivo. Num desses links ao vivo, tive um momento de ousadia e resolvi lamber o rosto da entrevistada. O diretor do programa achou aquilo muito ousado, me repreendeu num primeiro momento. A diretora artística da Rede TV!, Mônica Pimentel, chegou a pedir minha cabeça para o Emílio, alegando que aquilo era muito ousado. Aos poucos fui ousando cada vez mais nas perguntas e atitudes e o repórter inicialmente sério daria lugar ao Vesgo, ousado e afiado em suas perguntas. O público começou a criar uma identidade com o personagem e graças a Deus depois de 5 anos o Vesgo continua no ar. Comecei então a cobrir portas de festas com celebridades. Comecei fazendo algumas matérias sozinho. Depois, o Ceará (Silvio) também começou a gravar, porém em momentos separados. Ele ficou responsável pelos famosos e eu entrevistava as pseudo-celebridades, ex-BBBs e outros aspirantes da fama. Depois na edição, nos colocavam na mesma matéria. Aos poucos começamos a gravar juntos as festas e a parceria acontece até hoje. O quadro "Vesgo e Silvio" é o único do "Pânico" que surgiu junto com o início do programa em 2003 e que permanece no ar até hoje.
Você o considera basicamente um personagem?
O Vesgo tem muito da minha ousadia e persistência, mas é basicamente um personagem sim. O Vesgo é cara de pau, ousado, afiado, louco, divertido, brincalhão, galanteador. Eu sou mais tímido, reservado, apesar de ter o bom humor característico do meu personagem.
Você acha que agora os famosos respeitam mais o trabalho de vocês por conhecerem bem o Pânico?
Com certeza. Em cinco anos de programa temos um saldo extremamente positivo de personalidades que respeitam nosso trabalho e brincam com a gente. Quem é bem resolvido na vida, geralmente não tem problema com o programa. Fico feliz por nesses anos de programa termos conquistado o carinho dos artistas do esporte (Felipe Massa, Pelé, Robinho, Kaká, Dunga, Oscar, Hortência..), das novelas (Tony Ramos, Fernanda Montenegro, Antonio Fagundes, Suzana Vieira, Tarcisio Meira, Selton Mello) da TV (Gugu, Silvio Santos, Faustão, Luciano Huck, Galvão Bueno), dos políticos ( Lula, Kassab, Jose Serra) entre outros famosos, empresários e empresas patrocinadoras do programa, que acreditaram no nosso trabalho. Agradeço a todos pelo saldo positivo do programa. A minoria que torceu contra o programa, e ainda torce, a minoria que levou o pânico à justiça, meus sinceros cumprimentos e muito obrigado!!!! Parabéns!!!! Sem vocês não teríamos a mesma força para sempre querer crescer e se manter nesses 5 anos.
Além do Silvio Santos, qual outro momento marcante para o repórter Vesgo? E qual foi a pior entrevista?
Foram muitos os momentos marcantes. Além das entrevistas, Sandálias da Humildade e Dança do Siri, o que mais me marcou foram as viagens internacionais. Em 2006, fomos para a Alemanha para cobrir a Copa do Mundo. No início desse ano entrevistei a Britney Spears, em Los Angeles, com uma peruca rosa. Tivemos a oportunidade de estar no Oscar 2008, cobrir a corrida do Queijo na Inglaterra, a Corrida dos Touros e a Guerra de Tomates, na Espanha. Na Escócia, encontramos a mulher com mais piercings no mundo. Na França, cobrimos o casamento de Ronaldinho e Cicarelli. Na Argentina, fomos atrás do Maradona. Nossa!!! São tantos momentos marcantes que pensamos até em escrever um livro, mas isso é um projeto futuro.
Qual foi a pior briga com uma celebridade?
As piores são as que o entrevistado se utiliza da violência para combater o humor. Agressão e violência nunca vencerão o humor. O público percebe isso e rejeita quem tem esse tipo de atitude.
Você se arrepende de alguma brincadeira que tenha feito?
Já. Todo ser humano erra... Os arrependimentos vêm com os erros. Sábio é aquele que transforma os erros em aprendizado para que eles não tornem a ser uma verdade. Portanto, o Vesgo de hoje é muito maduro que o moleque de 22 anos que começou em 2003.
Com é o assédio dos fãs? Alguém já pediu um selinho do Vesgo e você teve de dizer não? Como foi?
Já dei muito selinho em fã... As meninas que me abordam nas ruas ou até mesmo na platéia sempre me pedem selinho. Já tive que negar sim. Quando namorava, por respeito, nao dava selinho ao lado da minha ex.
Como você avalia o humor hoje na TV? E as comparações com o "CQC"?
Acredito que o que começamos há cinco anos, começa agora a ganhar mais força com o surgimento de programas também ousados como o "CQC", da Band. O "jornalismo-deboche" vem ganhando mais espaço e acho isso válido para aquecer o mercado muito escasso de programas ousados. Ao contrário do que muitos pensam, o "CQC" e o "Pânico" são muito amigos. Troco figurinhas sempre nas gravações com o Rafael Cortez e o Danilo Gentilli. O Marco Luque e eu somos parceiros na sinuca e nas baladas aqui de São Paulo. Vejo algumas semelhanças e diferenças entre so dois programas. Os dois têm perguntas ousadas, brincadeiras com um fundo critico, cobertura de festas com celebridades, esportes, política, entregas de presentes curiosos a personalidades. A diferença é que todos do "CQC" são homossexuais, barbados, carecas e o programa é argentino... E argentino dispensa comentários. Como o Maradona, desejo a eles muitos anos de carreira.
Quais os planos para carreira? Você pensa em deixar o Pânico um dia? Ter seu próprio programa?
Tomara que o "Pânico" dure muito tempo na TV. Torço muito para que isso aconteça e que eu possa fazer parte de tudo isso. Tenho sim um sonho de apresentar um programa, mas não tenho pressa. Era apenas repórter, hoje já estou no palco apresentando matérias e merchans. Sei que com muito trabalho, esforço e persistência a gente sempre realiza nossos desejos. Já realizei muitos sonhos de infância, assim, não vai ser diferente agora. Sou novo ainda na TV. Quero trabalhar muito ainda, aprender muito até chegar a esse objetivo.
Entrevista com Rodrigo Scarpa
Postado por Ronald às 19:11
Marcadores: Entrevistas
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