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Participante de 'Troca de Família' comete suicídio

A 3ª temporada de Troca de Família, reality show importado pela TV Record, estreia nesta terça-feira com desfecho indefinido. A cantora Deborah de Carvalho Prado, 46 anos, uma das mães que troca de casa, cometeu suicídio na madrugada de 7 de janeiro, e a emissora ainda estuda o que fará com seu episódio. "A rigor, não há um entendimento jurídico para a gente não exibir, e a família não se opõe. A princípio, portanto, nós vamos passar", afirma o diretor do reality show, Johnny Martins. Segundo o diretor, a emissora deve ter uma posição definitiva nos próximos dias. A morte ocorreu menos de um mês depois de encerradas as gravações.

Se aprovado, o episódio, que ainda não foi para a ilha de edição, deve ir ao ar em abril com uma homenagem a Deborah, a pedido do marido, o músico Oswaldo Vecchione, 61 anos. "Ela estava bem durante a semana de gravação, não deu nenhuma amostra do que iria acontecer", diz Martins. O diretor, no entanto, revela que durante a captação das cenas para o programa Deborah sofreu com a exposição de um caso extraconjugal do marido. Mais tarde, conta, a crise no relacionamento teria se acentuado. Deborah há anos era vítima de depressão e segundo a cunhada da cantora, Telma Vecchione, ela não deixou bilhete ou carta de despedida.

Sem arrependimento - "O programa foi uma coisa foi bem legal, ela curtiu fazer", diz Vecchione. A cantora trocou de lugar com a mãe de uma família de anões de Itabaianinha, em Sergipe, cidade famosa por sua grande população de anões. "A gente participou pelo prêmio - cada família recebe 25.000 reais - e para promover a banda. Eu não me arrependo", diz Vecchione, vocalista e baixista da banda Made in Brazil, formada no final dos anos 1960 em São Paulo, da qual Deborah era a atual backing vocal e percussionista. Com shows agendados para janeiro e fevereiro, a Made in Brazil não vai parar. Além da banda, Deborah e Oswaldo, juntos há 19 anos, tinham um filho de 17.

Segundo Vecchione, Deborah se enforcou amarrada ao ventilador de teto do quarto do casal, num condomínio fechado na cidade de Atibaia, a pouco mais de 60 quilômetros de São Paulo. Ele contou ainda que em 2006 a mulher ficou internada por 32 dias sofrendo de depressão e anorexia.

Nada muda - Segundo Martins, este é o primeiro incidente do tipo enfrentado pelo programa. Na temporada passada, uma das mães teve uma espécie de colapso nervoso. Apesar desses incidentes, a Record não deve rever o formato do programa, diz o diretor. "A participação no reality show não determinou o destino da Deborah", afirma. Desde seu início, Troca de Família já realizou 33 trocas - cada uma rende dois episódios e tem um custo próximo ao de um capítulo de novela, de acordo com o diretor.

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