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Velhos programas voltam ao ar e dão audiência

Há uma recorrente de que a virada do ano seja o momento de celebrar a renovação, com novos trabalhos e ideias originais. Na TV a conversa é outra e o ano novo é tempo de série antiga. Ao menos na Rede TV! que, no fim de 2008, montou boa parte de sua programação com reprises de antigos seriados.

É uma forma de tentar angariar algum ibope com o que já foi sucesso, caso de Dallas, Buffy - A Caça-Vampiros e Barrados no Baile, além do desenho Pokémon. E a Band ameaça pôr em sua grade Punky, a Levada da Breca, produzida nos anos 80.

A política do "bom, bonito e barato" pode surtir efeito. A Record emplaca há tempos um surpreendente sucesso com o Picapau, que costuma bicar a liderança de audiência com regularidade, caso bastante parecido com Chaves, do SBT.

A trupe do ator Roberto Bolaños - o Chaves - permanece querida pelas crianças não importa quantas vezes seus episódios sejam repetidos. Outro acerto admirável ocorreu com a volta da novela Pantanal, confortavelmente instalada em dois dígitos de audiência.

Depois de ser sucesso na Globo, Dallas, foi apresentada pela Band e em canais pagos. Recentemente ganhou força ao comemorar, em novembro passado, 30 anos de sobrevida com uma festa no mitológico rancho de SouthFork, no Texas.
O que demonstra que, apesar de tanto tempo, a série sobre as misérias dos milionários americanos continua a atrair fãs em todo o mundo. Para um público bem mais jovem, o anime Pokémon tornou-se um grande sucesso na década de 90, a partir de uma boa idéia do desenhista japonês Satoshi Tajiri, que a levou para os jogos e para a TV seu gosto em colecionar insetos originais.

A idéia da reprise se torna cada vez mais forte à medida que a memória disponível aumenta, seja em computadores, celulares e até dentro dos televisores e aparelhos de DVD.

Através da internet é possível resgatar as boas lembranças de antigas novelas e programas, como os gambitos de Françoise Forton, em Estúpido Cupido, ou a ira teatral de Flávio Cavalcanti, em Um Instante, Maestro.

Com o tempo, quase tudo poderá ser reencontrado. Essa combinação de memória digital e televisão tem provocado uma espécie de "passado instantâneo" entre os telespectadores, que sistematicamente gravam seus programas preferidos e os assistem quando chegam em casa, alterando a audiência televisiva e as formas de aferí-la. O futuro do pretérito já começou.

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