Los Angeles, 27 jun (EFE).- Conrad Murray, médico particular de Michael Jackson e testemunha dos últimos momentos da vida do artista, terá que esclarecer a relação do cantor com os remédios que consumia, à espera das conclusões da autópsia.
Apesar disso, se soube hoje que a família de Michael pode pedir uma segunda opinião quanto à análise do corpo do rei do pop.
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Michael Jackson, que morreu na quinta-feira (25), aos 50 anos
A imagem de Murray, cardiologista que atendia o cantor há três anos, passou a ser questionada após a repentina morte do artista e diante das suspeitas de que alguém teria fornecido a Michael um coquetel de fortes medicamentos contra dores.
Murray já foi interrogado pela Polícia na quinta-feira, dia da morte do cantor. O médico voltará a falar hoje para explicar como os fatos se sucederam.
Até agora, Murray não foi acusado de nenhum crime. Segundo seus advogados, ele não teve nada a ver com a morte de Michael, informou o site especializado em famosos "TMZ".
Os exames médicos realizados na sexta-feira com o corpo do artista foram pouco esclarecedores. Mesmo assim, a hipótese de suicídio foi descartada, e serão as análises toxicológicas que ajudarão a definir a causa do falecimento.
O silêncio de Murray - aparentemente o primeiro a tentar reanimar Michael quando sofreu a parada cardíaca na quinta-feira passada - e o fato de a Polícia ter retido o veículo do médico devido a possibilidade de conter provas importantes para o caso, o tornaram alvo de todas as atenções.
O limpo histórico do trabalho de Murray no estado americano de Nevada, onde oficialmente tem residência, aprovaria seu profissionalismo, apesar de o médico ter passado por diversos problemas financeiros ultimamente.
Murray trabalha nos estados da Califórnia, Nevada e Texas. Ele já teve que pagar até US$ 400 mil em diferentes processos judiciais relativos a empréstimos e créditos, além de ter diversas multas de trânsito não pagas em seu nome.
Fontes do "TMZ" indicaram que a Polícia também chamará para depor o médico Tohme Tohme, amigo de Michael Jackson durante muito tempo, em relação a uma possível "conexão indireta" com a prescrição de medicamentos ao cantor.
Vários veículos de imprensa informaram que o cantor consumia habitualmente Demerol, Dilaudid e Vicodin, três fortes calmantes, numa combinação que, segundo "TMZ", o próprio cantor teria chamado de "tônico de saúde".
Apesar da aparente fragilidade de Michael, fontes da rede de televisão americana "Fox" asseguraram que os médicos que realizaram a autópsia encontraram o corpo do artista em boa forma e mais forte do que o esperado, mas também com uma cicatriz no rosto.
O reverendo e ativista político Jesse Jackson, que passou a sexta-feira consolando a família do rei do pop, comentou que os parentes do cantor avaliam pedir a realização de uma segunda autópsia do corpo, que desde ontem já está em poder dos familiares.
Michael Jackson voltaria aos palcos em julho com uma sequência de 50 shows em Londres, num esperado retorno para o qual vinha se preparando fisicamente e que o obrigou a passar por recentes avaliações médicas efetuadas por profissionais contratados pela seguradora do evento.
O executivo-chefe da AEG Live - empresa responsável pelos shows que Michael faria -, Randy Philips, afirmou que o artista passou por mais de quatro horas de exames médicos sem problemas e que, na noite anterior a sua morte, demonstrou estar em bom estado em um ensaio realizado em Los Angeles.
"Ele dançava igual ou melhor do que os dançarinos de 20 anos de idade que o rodeavam. Pensei que este seria o maior espetáculo ao vivo já produzido. Ele estava com um aspecto genial", disse Philips.
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