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"Brinco,mas não humilho".


Em entrevista ao Famosidades, o jornalista Felipe Andreoli, do programa "CQC" (Custe o Que Custar), conta os melhores momentos da carreira.


"Posso brincar, mas não é do meu caráter humilhar alguém", diz o repórter do programa "CQC" (Custe o Que Custar) Felipe Andreoli.
O jornalista é um dos sete homens de uma das principais novidades da televisão brasileira neste ano, que é exibida às segundas-feiras, às 22h15, e aos sábados, às 20h15, na Band. Jornalista formado na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), Felipe atua na área de comunicação desde os 19 anos, mas ainda pequeno já acompanhava o seu pai, o jornalista Luiz Andreoli, nas atrações esportivas na TV Globo e Bandeirantes. "Meus pais são separados e nos dias que ficava com ele, sempre estava em estúdio. Por conta disso, a minha paixão pelas câmeras só cresceu com o passar do tempo", conta o jovem, que trabalhou também em um programa evangélico, da Rede Record. Determinado, Felipe Andreoli já fez de tudo um pouco. "Teve uma vez que me vesti de Gustavo Kuerten e saí nas ruas. Eu perguntava para as pessoas se elas conheciam o Guga e todas respondiam que sim, mas quando questionava sobre o que era set, ninguém sabia responder", comenta o repórter. Com um estilo descontraído, Felipe sempre fez reportagens, videorreportagens e apresentações mostrando os fatos de maneira diferente nas emissoras pelas quais passou, como TV Cultura e Rede Record. Por essa razão, foi convidado para participar do "CQC", onde está desde março. A atração, que tem versões no Chile, Espanha e Itália, causa polêmica e os repórteres já foram proibidos de realizar matérias no Congresso Nacional.
Confira a entrevista completa do jornalista Felipe Andreoli para Famosidades.

FAMOSIDADES - Como começou sua paixão pelo jornalismo?

FELIPE ANDREOLI - Até parece clichê o que eu vou falar, mas está no sangue. Sempre sonhei em seguir essa carreira. Sou filho de jornalista e desde criança o acompanhava em programas esportivos. Com isso, passava horas em estúdios e aprendi muita coisa com as pessoas que trabalhavam com ele. Adorava o barulho das máquinas de escrever e as luzes.


FAMOSIDADES-Antes de ser repórter do "CQC", da Band, você trabalhou em outras emissoras e até em um programa evangélico. Como foi essa experiência?

FELIPE ANDREOLI-Em todos os lugares que eu passei, aprendi muito. Tinha um jeito alternativo de fazer reportagens, videorreportagens e apresentações, mas sempre preferi a área esportiva. Eu gosto de informar os telespectadores de uma forma leve. Teve uma vez que me vesti de Gustavo Kuerten e saí nas ruas. Eu perguntava para as pessoas se elas conheciam o Guga e todas respondiam que sim, mas quando questionava sobre o que era set, ninguém sabia responder. Esta foi a maneira que achei para explicar e deu certo


FAMOSIDADES-Ao contrário do "Pânico na TV", da RedeTV!, o programa "CQC" promove um "jornalismo humorístico". Você faria uma atração "escrachada"?


FELIPE ANDREOLI-Não é do meu caráter. Eu até brinco com as pessoas e faço algumas perguntas indiscretas, mas seria incapaz de humilhar alguém em razão da audiência. Não estou questionando a competência de ninguém, mas eu não aceitaria e nem é esta a nossa proposta. Procuramos informar as pessoas de uma forma bem-humorada.Só isso.


FAMOSIDADES- Teve alguma pergunta indiscreta que você se arrependeu de ter feito?


FELIPE ANDREOLI-Uma vez perguntei para a Karina Bacchi sobre o piercing que ela colocou na área genital. Simpática, ela só sorriu. Mas não me arrependi, porque ela realmente tinha divulgado e teve uma grande repercussão.


FAMOSIDADES-Você já foi ofendido por alguém?


FELIPE ANDRIOLI-Já sim. Eu estava no aniversário da apresentadora Ana Maria Braga e perguntei para o cantor Luciano, da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, se a comida da global chegava à mesa da população. Ele não entendeu a pergunta e falou que eu estava ofendendo a Ana Maria no dia do aniversário dela e aquilo era um absurdo. Eu escutei atentamente e não falei nada para respeitá-lo. Há pessoas que não sabem brincar e, para não ficar uma situação chata, prefiro ficar na minha.


FAMOSIDADES-Vocês também já foram proibidos de entrar no Congresso Nacional e arrecadaram mais de 200 mil assinaturas. Como foi isso?


FELIPE ANDRIOLI- Isso foi um absurdo. Nós estávamos credenciados para fazer matérias na Câmera. Quando saímos para entrevistar um deputado, a assessoria proibiu a nossa entrada alegando que não éramos jornalistas. Isso é censura. Somos jornalistas e temos nossos direitos. Conseguimos muitas assinaturas a nosso favor e fomos liberados.


FAMOSIDADES-Com a aproximação da eleição, os políticos mudaram de postura com vocês?


FELIPE ANDRIOLI-Eles mudaram totalmente de atitude. Os que nunca falavam, nos procuram para expor a opinião. Tem um episódio com o Gilberto Kassab muito engraçado. Eu fiz uma pergunta e ele me ignorou completamente. Quando estava gravando que ele não queria falar com a gente, o assessor de imprensa me chamou e afirmou que ele responderia às perguntas. Enquanto nós éramos filmados, um fotógrafo registrou a cena e no outro dia estava no blog dele a nossa foto. Como se o "CQC" o apoiasse.


FAMOSIDADES-Nós somos do partido do programa "CQC". Isso não existe. O Maluf afirmou, recentemente, que assiste ao programa.Acha que falou isso apenas para se promover?


FELIPE ANDRIOLI-Eu até acredito que assista mesmo. Afinal de contas, falamos sobre política também. Mas com certeza agora todos vão amar o programa (risos).


FAMOSIDADES-O músico Tico Santa Cruz fez um protesto em seu blog sobre o caso Daniel Dantas (Dantas é dono do banco Opportunity e acusado de tentar subornar um delegado da Polícia Federal). Acha que as pessoas que estão na mídia deveriam se envolver mais?


FELIPE ANDRIOLI-Os jornalistas e apresentadores, com certeza. A política chega em todos os lugares e não é aproveitada. Com relação aos famosos, acho que todos eles deveriam usar a imagem não só para divulgar os trabalhos como também para fazer com que o público se torne mais consciente. Eles deveriam fazer campanhas pedindo para o telespectador ler mais sobre o candidato que vai votar ou sobre o atual presidente e prefeito da cidade que mora. Conscientizar também que há muitos políticos com a ficha suja e que isso é importante na hora de eleger o seu candidato.


FAMOSIDADES-Você acha importante que o programa se diferencie dos demais humorísticos e traga o tema política como um dos principais?


FELIPE ANDRIOLI-Com certeza. E eles são os melhores para sacanear, pois a gente faz perguntas informativas, que vão ajudar a população.
FAMOSIDADES- Antes do programa, gostava do tema?
FELIPE ANDRIOLI-Eu lia bastante, mas não tanto quanto hoje. Atualmente, procuro me informar de tudo e leio jornais diariamente. Antes, eu sabia só o básico de política. Era mais interessado em esportes (risos). A atração é um grande sucesso.


FAMOSIDADES-Como é o carinho nas ruas?

FELIPE ANDRIOLI-O melhor possível. Todos comentam e elogiam. Quando eu passo, sempre gritam: "Oi, CQC". É engraçado.

1 Comment:

Denistav said...

Eu assisto o programa e gosto muito.

Mas intitulá-lo como jornalismo é de fato uma ofensa aos profissionais sérios da imprensa.

O programa é um humorístico e como tal deve ser encarado.

Quem assiste CQC para se manter informado?

É apenas entretenimento!