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Roman Polanski pede liberdade em tribunal suíço

Roman Polanski entrou com pedido de liberdade para Corte Suíça nesta terça-feira (29). O cineasta foi preso no sábado (26), considerado fugitivo da polícia americana desde 1977.
As autoridades suíças disseram que devem dar um veredicto nas próximas semanas.

Há mais de três décadas, o vencedor de um Oscar se declarou culpado por ter abusado sexualmente de uma menina de 13 anos, a qual também teria dado drogas e álcool. Polanski permaneceu 42 dias na cadeia, mas fugiu para a França antes de receber a sentença.
Se condenado, Polanski pode ser extraditado para os Estados Unidos e passar o resto da vida na cadeia.


Defesa

Polanski foi preso no aeroporto de Zurique, onde receberia um prêmio pelo conjunto de sua obra em um Festival de Cinema. O modo como o diretor foi detido revoltou alguns nomes importantes da sétima arte.

"É inadmissível que um evento cultural internacional homenageando um dos maiores cineastas contemporâneos possa ser transformado em armadilha policial", diz uma petição assinada por várias personalidades.

Pedro Almodovar, Michael Mann, Wim Wenders, Claude Lelouch, Julian Schnabel, Ettore Scola, Wong Kar Wai e o brasileiro Walter Salles assinaram o documento.

Os escritores Milan Kundera, Pascal Bruckner, Bernard-Henri Levy e a atriz Isabelle Adjani pediram em comunicado que as autoridades libertem imediatamente Polanski. Considerando que um "genial cineasta" não deve ser "transformado em mártir de um imbróglio jurídico-político indigno de duas democracias como a Suíça e os Estados Unidos".

A Associação Suíça dos Roteiristas e Cineastas alega que a prisão do diretor é "um escândalo jurídico que vai prejudicar a reputação da Suíça em todo o mundo".

O ministro francês da Cultura, Frédéric Mitterand, também se manifestou, dizendo que a detenção de Polanski é "absolutamente aterradora". Ele também alertou que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, está acompanhando atentamente o caso.

Em um anúncio na segunda-feira (28), o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, disse ter escrito uma carta pedindo a libertação do cineasta para Hillary Clinton, Secretária de Estado dos Estados Unidos.

"Francamente, acho essa história um pouco sinistra. Um homem com tanto talento, reconhecido no mundo inteiro e principalmente no país que o prendeu. Isso não é legal", declarou.

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