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Grupo mexicano RDB faz show da turnê de despedida nesta sexta no Rio

Em quase cinco anos de estrada e quatro visitas ao Brasil, o grupo RBD já fez das suas por aqui: entre tardes de churrasco e ‘pelada’ com Lula — ele mesmo, o presidente —, noites de desbravamentos da ‘cultura’ nacional em boates, micaretas e encontros amorosos, o sexteto mexicano enlouqueceu fãs em shows como o que reuniu 80 mil pessoas no Maracanã, em 2006.

Mas toda farra tem seu fim, e para Maite, Christian, Anahí, Alfonso, Dulce e Christopher e seus fãs cariocas, o fim tem data e local marcados para hoje, às 20h, na HSBC Arena, na Barra da Tijuca.

Surgido da novela adolescente ‘Rebelde’, com mais de 22 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o grupo — que ganhou até dia mundial, 4 de outubro — decidiu se separar há poucos meses e em seguida deu início à ‘Tour del Adiós’ (turnê do adeus).

Com a notícia, os ‘RBDmaníacos’ brasileiros trataram de armar acampamentos para já garantirem seus lugares no gargarejo dos shows. “É impressionante, ficamos muito contentes de ver esse carinho imenso, mas nos preocupamos muito com a saúde dos nossos fãs e imploramos: isso não é necessário, nós já sabemos do amor que vocês têm por nós”, disse Christopher Uckermann, por telefone a O Dia.

Mas a espera exagerada terá como recompensa, garante o rapaz, a superprodução do show de despedida. “É uma apresentação bem mais comprida do que o normal. Vamos cantar 24 músicas e ainda garantimos algumas surpresas”, diz o cantor, que revela como tem sido a turnê de adeus: “É maravilhosa e nada melancólica, estamos curtindo ao máximo e aproveitando cada segundo.”

A alegria do integrante deixa transparecer a certeza de que a separação, apesar da surpresa dos fãs na época, não surgiu de uma hora para outra.

Em entrevista a O Dia em maio, Christopher havia garantido que “parar não era uma possibilidade”. “Minha declaração mudou como tudo pode mudar na vida. Alguns de nós já sabíamos, mas não íamos ficar alardeando. E não foi uma escolha só nossa, mas da Televisa (rede mexicana responsável pela produção de ‘Rebelde’) e dos nossos empresários”, confessa Chris.

No Brasil, a turnê do adeus começou por Fortaleza (terça-feira), Porto Alegre (ontem), shows que não contaram com Maite, que estava gravando novela — mas a moça já garantiu a presença hoje no Rio. Depois daqui, o grupo se apresenta em São Paulo (amanhã) e Brasília (domingo).

O fenômeno RBD sai de cena com sensação de dever cumprido: “Não só a música latina, como as canções de língua espanhola estão ganhando mais espaço no mundo. Nós ajudamos nesse crescimento e abrimos portas para outras pessoas”, conclui Christopher.

Até ontem, 8 mil ingressos já tinham sido vendidos para o show no Rio, mais ainda havia cerca de 2 mil disponíveis, com valores de R$ 100 a R$ 500 (veja no Guia Show & Lazer). O show começa às 20h e a HSBC Arena fica na Avenida Embaixador Abelardo Bueno 3.401, na Barra.

Mais de 500 fãs fazem fila e vivem em barracas

Se para os integrantes do RBD a despedida começou em novembro, com o início da turnê, para os fãs cariocas o dia do adeus vem sendo esperado há dois meses. Logo que a data da apresentação no Rio foi anunciada, muitos deles já correram para frente do local onde seria — ou pensavam que seria — o show.

O mais ansioso deles, Luís Carlos Rodrigues, 19 anos, foi há 62 dias para o Estádio do Engenhão. “Achei que seria lá e fiquei com medo de que alguém chegasse antes. Fiquei na porta uma semana e fui até ameaçado por torcedores do Botafogo”, conta o rapaz, agora acampado diante da HSBC Arena, onde mais de 500 fãs vivem em barracas para conseguir o melhor lugar no show. Luís Carlos brigou com a família por conta de seu ‘fanatismo’: “Minha mãe e avó falaram que iam me prender em casa, mas não adianta, eu fujo”.

Para os pais dos fãs, o amor pelos mexicanos também pode causar reflexos na renda familiar. Que o diga a mãe de Filipe ‘Uckermann’ (ele usa o sobrenome de seu RBD preferido), 16 anos, que vai acompanhar a banda no Rio, São Paulo, Brasília e Chile. “Se contar o dinheiro que gastei com o show de maio, em que também acampei, mais esse agora e os próximos que vou, dava para comprar um carro popular”, confessa Filipe, que se sente triste, mas aliviado com a separação dos ídolos: “É ruim saber que não os verei mais juntos, mas depois de quatro anos só respirando RBD, vou poder cuidar um pouco da minha vida”.

A espera já ganhou até organização informal dos acampados. Eles criaram lista de chamada, que varia de acordo com o mérito do fã. “Como nos revezamos, fica na frente da lista quem dorme aqui e perde pontos quem falta algum dia”, explica Luís Carlos. Mas a ‘democracia’ está por um fio. “Quando abrir a porta vou sair atropelando”, diz Soyane Mesquita da Silva, 17 anos.

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