O Jabuti, prêmio mais tradicional da literatura brasileira - e que completou 50 anos em 2008 -premiou na noite da última sexta-feira (31/10) dois jornalistas nas categorias mais aclamadas da disputa.
Ignácio de Loyola Brandão, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, foi o vencedor da categoria Melhor Livro de Ficção, com o livro "O Menino que Vendia Palavras", da editora Objetiva. Laurentino Gomes ganhou em Melhor Livro de Não-ficção com a obra "1808", publicada pela editora Planeta.
Ao proferir seu discurso de agradecimento, Loyola disse que "foi uma surpresa, pois esperava que Cristovão Tezza vencesse". Autor do livro "O Filho Eterno", Tezza ganhou o prêmio de melhor romance do ano e era considerado favorito.
O colunista do Estadão - que além do troféu receberá R$ 30 mil - dedicou sua vitória a suas antigas professoras de Araraquara (SP), sua cidade natal. "Tenho a felicidade de conviver com as duas professoras que me ensinaram a ler e escrever no primário", declarou.
"1808", de Laurentino Gomes - que conta a fuga da família real portuguesa para o Brasil - já havia ganhado a categoria "Reportagem". O novo prêmio foi dedicado aos professores e pesquisadores que o ajudaram, através de suas pesquisas, a escrever a obra. "Sempre se disse que o brasileiro lia livro de auto-ajuda e literatura barata e, de repente, ele está lendo um livro de história do Brasil", afirmou. Ele também levará, além do troféu, R$ 30 mil.
Com o apresentador Cunha Junior, da TV Cultura, como mestre de cerimônias, a entrega do Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), reuniu 1,2 mil convidados na Sala São Paulo da Estação Júlio Prestes, em São Paulo, informou a agência Brasil Que Lê.
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